Na verdade, ela nunca deixou de querer, de gostar, de sonhar. Na verdade, ela nunca deixou de acreditar. É mais fácil acreditar em deuses a ter fé nas pessoas.
Então ela se cobre de
areia, e pra seguir mais ou menos lúcida, ela finge esquecer. Finge esquecer
que deve fingir. Que deve ser alguém que não é. Mas ela não consegue viver no
faz-de-conta. Falta paciência. Muita paciência.
Cega os poros. Curte o
couro. Cala os olhos. Embriaga a voz.
Parece querer, parece gostar. Entristece os ouvidos
e caminha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário