Guarda!
Eu te guardo
aqui no peito.
E te espero
chegar.
Eu vejo
aquela tarde de sol, e ainda sinto teu gosto na boca.
Teu cheiro
na pele.
Tua alma na
minha.
Mãos que me
lavam, braços que me sustentam.
Esse espaço
entre os seus dedos...
Me manda
esses sinais mas não entendo o que me dizes.
Se fogem ou
procuram seus olhos, é palavra muda em minha boca
Tira meu
escudo e te descobre.
Deixa-me
ver-te.
Deixa-me
estar, um beijo só.
Guarda! que
foges de mim, e podes não voltar.
Não te percas
na longitude da minha sombra.
Escuta, que vou! Em um dia de sol, uma tarde nublada,
uma solta primavera, outros passos, me vou...
A fotografia foi tirada no Jardim Botânico de Paris. Ao caminhar, me deparei com a solitária senhora, em meio as flores, observando a vida passar. Me pareceu oportuno associar a imagem ao poema.
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