domingo, 6 de janeiro de 2013

Cuida!






Guarda!

Eu te guardo aqui no peito.
E te espero chegar.
Eu vejo aquela tarde de sol, e ainda sinto teu gosto na boca.
Teu cheiro na pele.
Tua alma na minha.
Mãos que me lavam, braços que me sustentam.
Esse espaço entre os seus dedos...
Me manda esses sinais mas não entendo o que me dizes.
Se fogem ou procuram seus olhos, é palavra muda em minha boca
Tira meu escudo e te descobre.
Deixa-me ver-te.
Deixa-me estar, um beijo só.
Guarda! que foges de mim, e podes não voltar.
Não te percas na longitude da minha sombra.
Escuta,  que vou! Em um dia de sol, uma tarde nublada, uma solta primavera, outros passos, me vou...





A fotografia foi tirada no Jardim Botânico de Paris. Ao caminhar, me deparei com a solitária senhora, em meio as flores, observando a vida passar. Me pareceu oportuno associar a imagem ao poema.

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