quarta-feira, 27 de junho de 2012

Zecaaaaaaaaa




Disritmia

Autoria: Martinho da Vila

Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo.
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos.
Preciso transfundir teu sangue
Pro meu coração, que é tão vagabundo.
Me deixe te trazer num dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos!
Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo.
Que bom é ser fotografado,
Mas pelas retinas dos seus olhos lindos.
Me deixe hipnotizado prá acabar de vez
Com essa disritmia.
Vem logo! Vem curar teu nego
Que chegou de porre lá da boemia.
Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo.
Que bom é ser fotografado,
Mas pelas retinas dos seus olhos lindos.
Me deixe hipnotizado prá acabar de vez
Com essa disritmia.
Vem logo! Vem curar seu nego
Que chegou de porre lá da boemia.
Me deixe hipnotizado prá acabar de vez
Com essa disritmia.
  Me deixe hipnotizado prá acabar de vez!

O QUERERES - Caetano Veloso e Chico Buarque



PERFEIÇÃO!!!

O Quereres

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim

terça-feira, 12 de junho de 2012

Vida minha colorida!



          Eu sei onde dói, mas eu também sei onde cala. Conheço o lugar que sufoca, mas também o lugar que acalma. Ando por vales sombrios, mas também por belas montanhas. E pequeninos morros. Sou o reflexo de uma alma pensante à caça de um lar, casa que encontro florida ao anoitecer.
         Sou a cor dos olhos de meus filhos, que brilham pra mim. Sou o braço do homem amado, que tudo acalenta. Sou som, e sou tom. Afino e desafino, busca e encontro sem fim.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Metallica - Nothing Else Matters



The best!

E calo.


Sou um ser incompleto, repleto de impaciência. Quantas vezes caio em um buraco escuro, parece não ter fim. E o medo me envolve, o peito aperta mais, e dói.  E sinto raiva, e sou pura ira.

Não tem calor nesse lugar. Não tem cor. Apenas sufoca, aperta, engasga. Uma viagem tão profunda pra dentro de mim, e não tem ponto de chegada, de partida, tão somente grita. E cala.